As crianças podem sofrer do coração?
Engana-se quem pensa que as doenças cardíacas só atingem pessoas adultas e idosas.
Quais as doenças cardíacas mais comuns nas crianças?
As cardiopatias congénitas são as malformações mais frequentes no recém-nascido e a maioria são detetadas ainda na barriga da mãe.
As malformações congénitas, ou seja, doenças em que durante o desenvolvimento do bebé o coração se desenvolveu de maneira anormal, são as mais comuns nas crianças.
Na maior parte dos casos, estas malformações já são detetáveis mesmo durante a gravidez e isso permite que depois a criança nasça num centro hospitalar onde possa ser tratada com eficácia.
É de sublinhar ainda, que a maior parte das doenças cardíacas congénitas são malformações ligeiras pouco importantes e que, a longo prazo, permitem uma vida normal.
Apesar da incidência das malformações congénitas ser baixa, se não forem tratadas, apenas 15% dos doentes sobrevivem até à adolescência e idade adulta. Atualmente, 95% das cardiopatias são tratáveis com bom resultado.
Quais os exames complementares de diagnóstico fundamentais?
O ecocardiograma fetal durante a gravidez, em caso de dúvidas na ecografia obstétrica.
O ecocardiograma pediátrico é o principal exame de diagnóstico e acompanhamento das cardiopatias congénitas ou adquiridas no recém-nascido, criança ou adolescente. Também é indicado para crianças sem quadro clínico específico mas com história familiar de doença cardíaca hereditária ou síndromes genéticas (que podem estar associadas a cardiopatias estruturais) e para inicio da atividade física.
O ecocardiograma é um exame indolor, sem riscos para a criança, que pode ser repetido as vezes que for necessário, em todas as fases da vida.
O Diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança, principalmente em cardiopatias congénitas ou adquiridas graves.
(Parte do texto retirado do programa Pais e Filhos da TSF de 19 maio 2020)